Vi no jardim das almas sementes
guardadas em saco preto
Vi caixões sem defunto
Vi a futilidade sendo regente
Ouvi uma música sem graça
pássaros afônicos, sem asa
ouvi da fofoca a verdade
da solidão a saudade
Tateei pela estrada escura
topei com um cão vomitado
uma topeira sábia no atalho
teve faro e tato, sendo cega
Alimentei a selvageria
senti o doce gosto da ilusão
dor de estômago e azia
banguelo, vi um altivo tubarão
Com o cheiro disso tudo,inebriei-me constrangido
parei num lixão, no covil de chacais
Minhas aroeiras interiores, eram bonsais
Apreciei meu aroma.Sem suportar esse odor mundano
Vi um mundo novo.Com praias selvagens
Estátuas implodidas. Novas pastagens
Maestro de mim, compus uma sinfonia
O canário no cenário de sua ilha.
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