terça-feira, 13 de outubro de 2009

Restaurado.

Aquieta-te alma agitada
descanse no berço escuro
a luz que a cidade dilata
é noite em cima do muro

Pulo a parede por detrás do hoje
num presente o laço no retrato
despedaçado pelo chifre do cavalo
unicórnio deu coice na pose.
[Foi-se]

Virou quem queria que fosse
manso e calmo, conformado
como a morte e sua foice
como minguante o sorriso
[sufocado]

Firme-se joelho mascarado
despido da crosta de carne
descanse nesse grão de milho
a concorrida prova é celeste

Teste mas nunca conteste
Égua sem régua!Trégua
Paste no campo silvestre
Esse deserto irá sufocar-te

O nascer incessante.Mente
A não ser o sol da solidão
Alimento mais sublime.Mente
Pensa que me engana a mente

Se sua razão conduz o coração
e o coração bate ritmado
que melodia essa dama ira dançar
Sempre a mesma.Nunca diferente?

Meu bailado é sem compasso, é no silêncio.
Num grito calado, num choro cantado
Num poema sem rima. Dessa tearia do acaso
Acredito no dilúvio dos aracnídeos

Na teia de um louva deus crucificado
Na ceia de um traidor suicida.Na risada.
De um casamento mal acabado
Na reconquista do quebrantado.

Colocando a aliança no dedo da noiva.

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