sábado, 21 de novembro de 2009

Amor

Sob a esfera de um olhar sereno
O mundo se difunde em cores
Enlamaçado, caído do horizonte
Debruçado no ensaboado
[labirinto]


Estrela cadente desaparece
Antes do céu, do sol nascente
Antes que se analise um deslize
Em seu brilho ela esconde

Uma sacola entupida de espinhos
E um delírio escorrendo da lente
[do telescópio]
Que brilha ofuscando os olhos
Dos observadores mais experientes

Balançando os pés numa ponte
E vislumbrando novas teses
Olhando na água corrente
E deleitando num mundo
[que não acorrente]

Sob a esfera de um olhar
Apavorado, saído da caverna
Brota o arco íris na tela
Um puro sangue, uma nova cela.

Galopando na pastagem
Desviando dos tropeços
Sem titubear no comando
Do cavalo selvagem

Escorado em um novo rumo
Onde os passos são retos
E os laços são ternos
O tecido do abraço puro
[linho fino]

Amor sem troca, sem nota
Sem cara, nem fala
Amor que cala e consente
Perdoa, amor latente

Que dá brilho ao olhar, que é fonte eterna
De vida, é rota da trilha, pisar nas nuvens

Um comentário:

  1. Amor!!! Assim como o nosso amor!! Lindo, lindo! Forte, consistente, leve e envolvente! Te amo sempre!! 👏🏻👏🏻👏🏻Lindo poema gato!

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