Quero falar do belo mas de assalto a tragédia me constrange
Quero dar o tiro certo mais o alvo está tão distante
Quero mergulhar no leito das palavras amáveis, mas me vomitam xingamentos
Quero me embriagar num rio de águas límpidas e o coração pulsante
Detesto o tilintar do sino agudo dos despautérios
Evito sair com roupa borrada pelo ardil do adultério
Eu, adúltero de meus princípios me afogo
No mar incoeso e bravo da carne e seu mandato
Carcereira de uma vida inteira, maldita
Enclausura meu espírito que grita paz
Meu espírito puríssimo prisioneiro.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário