O muro que escora o tombo
A moral que esconde o ódio
O mel que sai do lábio rasgado
No mar de mil afogados
O polvo e seus abraços dobrados
O povo sugado pelos tentáculos
Do tempo, dos vendavais democráticos
No mar de mil afogados
O barco navega sem vela
No mar de mil afogados
O circo e seus palhaços
Com suas piadas banguelas
Pelas marés, mergulhado no luar da inconstância
Corre o destino que desagua no mar bravo da morte
Enxergarei através do muro implodido e minha alma voará
Além das regras hipotéticas engessadas de hipocrisia
Além da corrente que prende a mente, no calabouço
Além do osso, do orgão, do tecido.Além das curvas
Além muito além da carne, além dessas estradas
Além desse mar de mil afogados.Existe o reino.
No interior de cada um.Pântanos e castelos
Na arte dos reencontros.
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