domingo, 14 de fevereiro de 2010

Do fim ao começo.

Em ondas hipnóticas flui a evolução
O habitat dessas feras foi colonizado
Piratas saquearam o navio canonizado
Se apossaram sem pudor do coração

Suas armas não são mais espadas, são palavras
São medidas em balanças esquisitas, quebradas
Lançadas as sementes genericamente modificadas
São mentes mentirosas.Mentecaptas.Insandecidas

De forma sutil e mascarada invadem canteiros férteis
Aram a terra e a ferem com suas químicas intácteis
Espantalhos e marionetes trabalham, trabalham, trabalham
Robotizados pisoteiam a vocação e a vida sistematizam

Esses malditos piratas semeiam sonhos
Brotam pesadelos
Semeiam honra
Brota a guerra
Semeiam saúde
Vendem remédios
Semeiam cultura
Vendem idéias
Semeiam Deus
Nascem semideuses
Malditos hipócritas.Generais da discórdia
Detentores de um patriotismo enterrado
Virá sobre vós um raio que cerrará a cortina
Um terremoto, cairá por terra esse palco
E só viverá a essência de cada um.
Portanto, vocês morrerão.Nós então navegaremos
Barcos a vela ao sabor dos ventos
Bateremos as asas tocando a barriga na água
Sem mágoa na fluidez impensável de uma energia pura

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